O capital total de uma empresa é composto de capital próprio
e de terceiros. O capital de terceiros é formado pelas dívidas contraídas pela
empresa (estamos tratando aqui de dívida onerosa, aquelas que são remuneradas
mediante o pagamento de juros). O custo desse capital é explícito, é a taxa de
juros contratada com a instituição financeira. O capital próprio, por sua vez,
é o capital dos sócios ou acionistas da empresa, que também se encontram
operando dentro da firma em seu proveito econômico. Entretanto, esse capital
tem um custo que muitas vezes é pouco visível. Ou seja, esse capital próprio,
aportado e reaportado periodicamente pelos sócios do negócio tem um custo,
chamado de custo de oportunidade. E também precisa ser remunerado.
O custo de oportunidade do capital próprio ou de qualquer
investimento é igual ao valor ou retorno que seria obtido caso,
alternativamente a se investir em um projeto ou empresa considerada se
investisse num projeto ou empresa alternativa de risco semelhante. Por exemplo,
digamos que um empresário esteja considerando investir 1.000 reais na revenda
de um refrigerante A a um retorno de 10% do capital investido. Seu lucro seria
de 100 reais. Contudo, imagine que ao investir na revenda do refrigerante A ele
deixe de investir na revenda de um refrigerante B seu capital de 1.000 reais, a
um retorno 15%. Desse modo, ele deixou de ganhar 150 reais ao escolher revender
o refrigerante A. Neste caso, claramente ele teve um prejuízo econômico de 50
reais (10% x 1.000 – 15% x 1.000). Note que o prejuízo é econômico,
contabilmente ele teve um lucro de 100 reais.
Esse raciocínio é o mesmo para quando se é dono ou acionista
de uma empresa, o custo de oportunidade precisa ser considerado para que se possa
apurar a criação ou destruição de valor de um negócio.
Onde ROI é o Retorno sobre o Investimento e WACC é o custo médio ponderado de capital. O ROI pode ser expresso como ROI = NOPAT/Investimento. O WACC segue a formulação abaixo: